HRP Janduhy Carneiro

HRP Janduhy Carneiro

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Quase 50% das vítimas de acidentes com motocicletas atendidas pelo HRP são jovens de 18 a 30 anos




O Hospital Regional de Patos Dep. Janduhy Carneiro atendeu de janeiro a agosto deste ano 2.509 pessoas vítimas de acidentes envolvendo motocicletas, sendo 1.902 do sexo masculino e 607 do feminino. Segundo levantamento do setor de estatísticas do Regional, 1.121 dessas vítimas foram jovens com idade variando de 18 a 30 anos, a maioria, 871, homens.

Os acidentes aconteceram em grande escala das 18h às 24h, com 981 entradas na urgência. Em relação às crianças, 42 se tornaram vítimas de acidente de moto durante o referido período (janeiro a agosto).

Em relação aos acidentes automobilísticos, os números apontam que 232 pessoas deram entrada no HRP, também se sobressaindo a faixa etária de 18 a 30 anos, com 92 atendimentos; 56 acima de 50 anos; 44 de 31 a 40 anos; 22 entre 41 e 50.

Nota-se que o número de vítimas de acidentes envolvendo motocicletas é 11 vezes superior ao com carro. Por não oferecer tanta segurança como um automóvel, ao motociclista se recomenda o máximo de cuidado, seja fazendo uma direção defensiva, evitando velocidade em excesso e seguir a legislação de trânsito.


Cerca de 90% das cirurgias ortopédicas realizadas no Hospital Regional de Patos são de pessoas que se envolveram em acidentes com moto. Muitos desses pacientes ao chegarem no HRP apresentam sintomas de embriaguez, ou seja, apesar de tantas campanhas, muitos ainda conduzem veículos, mesmo depois de consumirem bebidas alcoólicas.

sábado, 12 de setembro de 2015

Hospital Regional de Patos realiza primeira cirurgia de coração


Dr. Jairo diz que é possível realizar, com o tempo, vários procedimentos cirúrgicos cardíacos no HRP.
O Hospital Regional de Patos Dep. Janduhy Carneiro realizou no final da tarde de ontem, sexta-feira 11, sua primeira cirurgia de coração, uma pericardiotomia, abertura do saco membranoso pericárdio que rodeia o coração, para a retirada de líquido. A equipe médica foi coordenada pelo cirurgião cardíaco Jairo Leal.

Ele explicou que o procedimento cirúrgico é de emergência e caso não haja rápida intervenção, o paciente pode entrar em coma e vir a óbito. “O risco de uma transferência de um paciente nestes casos é muito alto. Como o Hospital de Patos não dispunha de cirurgia cardíaca, esses pacientes, ou vinham a falecer, ou quando conseguiam transferência, eram operados em João Pessoa ou Campina Grande”, enfatizou.

Dr. Jairo diz que esse procedimento não se compara a um de ponte safena ou de válvula, algo longe ainda de acontecer no Regional de Patos, mas trata-se de um importante passo na instituição de cirurgias cardíacas, tanto para esse tipo de doença como para pacientes vítimas de tiros, facadas que porventura venham atingir a cavidade cardíaca. Hoje o Janduhy Carneiro tem condições de realizar tal procedimento.

O primeiro paciente a passar por procedimento cirúrgico de coração no HRP sofria de insuficiência cardíaca, ou seja, o coração não conseguir bombear o sangue em volume suficiente para suprir as necessidades de todo o organismo. “Ele não conseguia respirar direito e não aguentaria chegar a Campina Grande ou João Pessoa com o coração comprimido pelo líquido”, comenta Jairo.

Apresentar um quadro de líquido preso no coração, dificultando este a trabalhar normalmente, é característica de paciente com insuficiência cardíaca, uma das inúmeras patologias que atingem esse órgão vital, e que tem indicação de cirurgia de urgência. O cirurgião informou que a cirurgia demorou menos de uma hora e que é inadmissível hoje em dia se perder um paciente por ausência de um procedimento relativamente simples.

O Hospital Regional de Patos não conseguia realizar esse tipo de intervenção por falta de especialista na área. O médico Jairo Leal diz que veio residir em Patos e fala que a demanda é muito grande, como também os desafios que virão, com a possibilidade do HRP fazer ponte de safena e de válvula cardíaca. Este é um projeto de descentralização de serviços de alta complexidade que vem sendo construído pelo Governo do Estado para a região, com apoio dos profissionais médicos e do Hospital Regional.

Nesse projeto consta também a realização de cateterismo. Hoje o paciente infartado que necessita dessa intervenção, segundo Jairo, é transferido para Campina Grande ou João pessoa, isso quando consegue, já que a fila é enorme e muitos não resistem.  “A gente tem condições de realizar isso aqui no Hospital Regional, que tem estrutura, UTI, bloco cirúrgico, anestesistas bons, equipe de enfermagem e só faltava o cirurgião cardíaco, e que hoje dispõe”, diz o médico.

Círculo do Coração

Além dessa cirurgia de coração inaugural no HRP, Jairo destaca a vinda do Círculo do Coração, do qual faz parte, que está possibilitando salvar a vida de inúmeras crianças, com diagnóstico e tratamento. “O que queremos aqui é fazer o círculo do coração com os adultos, para que os que precisem de marca-passo, ponte safena, válvula não tenham que ir para outros centros de tratamento.

A equipe responsável pela primeira cirurgia de coração no HRP foi comporta pelo cirurgião cardíaco Jairo Leal, anestesista Marconi Lustosa, enfermeira Jarina de Sousa, toda equipe do centro cirúrgico, e do cardiologista Klauber Marques, que acompanhou o paciente.

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil mais de 300 mil pessoas morrem por ano vítimas de doenças do coração, quase 30% dos óbitos que ocorrem no País.



Marcos Eugênio (Assessoria)

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Reunião descentralizada: Estado e 3ª Macrorregião de saúde discutem pactuação de serviços

Atenção Básica discutindo rede de atenção à mulher

Fátima Morais

Fechando pactuação de serviços.




Higia Lucena, diretora do Hospital Regional de patos.

José Leudo e Maura Sobreira



A cidade de Patos recebe, desde ontem, quinta-feira 3, a Gerência Executiva de Regulação e Avaliação da Assistência (GERAV-SES), que está reunida com gestores hospitalares, gerentes regionais e técnicos em SUS da 3ª Macrorregião (Patos, Piancó e Princesa Isabel). O objetivo é discutir a rede de cuidados com foco na organização da urgência e emergência, para que se tenha clareza das referências nas áreas de ortotraumatologia; na atenção ao paciente que chega ao hospital com infarto agudo do miocárdio; com AVE (Acidente Vascular Encefálico) e na rede de obstetrícia, no cuidado às mulheres, desde o pré-natal à gestão de alto risco, que tem como principal referência a Maternidade Dr. Peregrino Filho, em Patos.

A secretária executiva de saúde da Paraíba, Maura Sobreira, explica que trata-se de um momento extremamente importante para o Estado, de unir esses tipos diferentes de gestores para estabelecer pactuações, definindo diretrizes para que de fato o usuário tenha um caminhar mais seguro na rede. Elogiou a 6ª Gerência de Saúde por ter um trabalho importante na articulação para que a rede seja cada vez mais qualificada.

Maura fez uma análise sobre a rede de obstetrícia da 3ª Macro, considerando desnecessários muitos encaminhamentos para a Maternidade de Patos que poderiam ser realizados nas maternidades de origem. “Temos trabalhado para que cada região de saúde possa potencializar sua oferta e aqui em Patos seja referência de fato em alta complexidade, pois assim poderemos organizar melhor os serviços, qualificar melhor a Maternidade e investir os recursos devidamente”, enfatizou.

Durante o encontro ela apresentou estudo que demonstra, com exatidão, a quantidade de encaminhamentos desnecessários, quanto custa para o serviço, estudo que mostra também o grande número de usuários vindos de outros estados para nossa região. “A busca pelos serviços da Peregrino Filho por usuários de outros estados, como Pernambuco e Rio Grande do Norte é reflexo da melhoria, da qualidade da existência da Maternidade de Patos. Nossa intenção é organizar melhor essa rede para que cada serviço realmente possa executar utilizando o recurso destinado, e caso não seja utilizado, o recurso seja remanejado para quem realmente executa. Esse dinheiro não pode ficar locado num município errado pra que o usuário possa ser atendido”, comentou Maura

Na rede de ortotraumatologia, tocante à urgência e emergência, a secretária executiva também identificou uma sobrecarga no Hospital Regional de Patos Dep. Janduhy Carneiro, diante o grande número de encaminhamentos desnecessários de algumas situações, principalmente onde o tratamento é conservador, não é cirúrgico, ortopedia clínico, que poderia ser feito nos outros hospitais da região.

Nesta sexta-feira os gestores hospitalares estão discutindo com a equipe da Gerência Operacional do Estado protocolos, estabelecendo as referências, para que se possa potencializar em Patos o perfil do ortotrauma, numa complexidade mais elevada, e por outro lado os serviços mais conservadores, como estabilização, imobilização sem necessidade de vir para Patos.

Ontem (quinta-feira 3) o encontro da Gerência Operacional no auditório da 6ª GRS foi com o pessoal da atenção básica, com o PSF sendo a porta de entrada do SUS e início da organização da assistência materno infantil, desde o planejamento familiar pela mulher, pré-natal até à maternidade.

O debate foi bastante participativo, com os municípios trazendo para o encontro inúmeras dúvidas esclarecidas pelos técnicos da Secretaria Estadual. Fátima Morais, coordenadora estadual da Saúde da Mulher, comentou que a assistência materno-infantil na Macro patos está bastante fragilizada, sendo preciso potencializar mais a Maternidade Peregrino Filho, para que as munícipes da região possam ter seus bebês sem precisar se deslocar para outros centros como Campina Grande ou João Pessoa.

Rede Cegonha, apresentação de projetos já aprovados pelo Ministério da Saúde, a exemplo do Centro de Parto Normal, Casa da Gestante Bebê Puérpera, ampliação da UTI materna da Peregrino Filho, ampliação da UTI neonatal, ampliação dos leitos obstétricos. “Também já temos aprovada a ampliação da maternidade de Santa Luzia. Foi um encontro muito proveitoso, um espaço de discussão bastante interessante”, disse Fátima.

O gerente da 6ª Regional de Saúde, José Leudo Farias, agradeceu a presença dos municípios, dos gestores hospitalares e equipe de governo para que juntos pudessem discutir temas tão importantes que venham favorecer a melhoria da assistência ao usuário do SUS. 

Marcos Eugênio

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Hospital Regional de Patos mantém média de 6 mil atendimentos mensais


O Hospital Regional de Patos Dep. Janduhy Carneiro, referência em média e alta complexidade no Sertão paraibano, vem mantendo a média mensal de 6 mil atendimentos, a pacientes de mais de 90 municípios da PB, RN, PE e CE. Mês passado (agosto) foram 6.020 procedimentos, dos quais 2.551 foram consultas e 1.494 de urgências.

Em relação à vítimas de acidentes envolvendo motocicletas, o HR atendeu 284, dez vezes mais que vítimas de acidentes automobilísticos. Houve uma redução de aproximadamente 10% no número de pacientes envolvidos em acidentes com moto no comparativo com a média mensal.

Em agosto foram 644 internamentos, dos quais 49 de vítimas envolvidas em acidente com motocicleta. Se nos sete primeiros meses do ano 11 pessoas deram entrada na urgência vítimas de tentativa de suicídio, em agosto foram 5, um aumento de mais de 200%. Em relação a quedas, 369 pessoas, passaram pela urgência do HRP mês passado.

As notificações de acidentes de trabalho, que mantinham uma média mensal de 39 atendimentos, mês passado cresceu para 46. Faz parte do protocolo do CEREST – Centro de Referência de Saúde do Trabalhador, identificar as causas e trabalhar a prevenção desses acidentes, que se configuram, não apenas no ambiente de trabalho, mas no trajeto para ele ou na volta para casa.


Ascom