HRP Janduhy Carneiro

HRP Janduhy Carneiro

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Hospital Regional de Patos faz mudanças para dar maior dinamismo no atendimento

Diretora do Regional, Hígia Lucena, e o diretor clínico, Luiz Ferreira

O Hospital Regional de Patos Dep. Janduhy Carneiro continua atualizando os protocolos, seguindo normas técnicas do Ministério da Saúde, buscando dar maior celeridade no atendimento dos usuários. O novo diretor clínico do Regional, hospital de média e alta complexidade, Dr. Luiz Ferreira, explica que o acolhimento com classificação de risco foi criado pelo Ministério da Saúde para dar maior dinamismo e oferecer maior cuidado a quem precisa de mais cuidado.

“O que acontece no Regional de Patos é que há uma cultura na população que busca resolver todos os problemas aqui, mesmo que não sejam de responsabilidade do Hospital. Se um paciente tem uma dor de cabeça em casa, uma diabetes mais alta, ele tem o costume de vir ao Janduhy Carneiro fazer buscar esse atendimento. Procedimentos que devem ser realizados nos postos de saúde, a quem compete. Isso demanda um custo enorme para o Hospital, tempo para os profissionais de saúde. Às vezes temos pacientes muitos graves na área vermelha precisando de atenção integral e o médico acaba ficando dividido”, argumento o diretor clínico.

As normas que estão sendo implantadas no acolhimento do HRP tem por finalidade tentar encaminhar os pacientes de meras consultas para lugares que atendam essa competência, como as unidades de saúde. “Nossa determinação é que todo paciente que chegar ao Hospital seja escutado. Se a classificação de risco mostrar que ele deve ser atendido aqui, será. Caso indique que não, será orientado por um profissional da enfermagem sobre os procedimentos que deve seguir para melhorar seu quadro, encaminhado ou ao posto de saúde ou ao PA Maria Marques. Essa classificação de risco vai nos render uma otimização dos serviços e grande economia dos insumos hospitalares”, enfatizou.

Sobre os pacientes oriundos de mais de 80 municípios da PB, RN, PE que buscam os serviços nas suas unidades de saúde e não encontram médico, se dirigindo ao Janduhy Carneiro, Dr. Luiz explica que esse fato não exime os órgãos competentes (municipais) de suas responsabilidades e que o HRP não tem que abranger esses atendimentos. Orienta este paciente que busca o serviço no seu posto de saúde e não encontra médico a se informar em qual unidade mais próxima possui o profissional para a qual será relocado.

O coordenador diretor clínico diz que hoje o Janduhy Carneiro não está conseguindo suportar sua demanda, isso porque foi projetado para atender certa quantidade de pessoas e hoje atende uma população quase semelhante à de Campina Grande. Outras mudanças previstas é a introdução de novos protocolos na área vermelha, para pacientes mais críticos, visando homogeneizar o atendimento para não depender tanto do saber do médico. “Todo médico que estiver no Hospital, na área vermelha, por ele exemplo, terá que seguir esses protocolos. Estamos tentando melhorar o serviço de enfermaria, colocando um médico em cada uma para que tenhamos um atendimento mais continuado, e otimizar também os exames, tipo tomografia, que devem ser feitos apenas nos casos de urgência e emergência e não aleatoriamente”, explicou.


Dr. Luiz fala da carência de especialidades, destacando a de neurocirurgião, onde os pacientes com trauma de crânio e que precisam de cirurgia são obrigados a ser relocados para Campina ou João Pessoa. Procedimentos invasivos em cardiologia, ou seja presença de cirurgião cardíaco, é outra carência profissional do Regional, apesar dessa unidade de saúde ter realizado sua primeira cirurgia cardíaca, uma pericardiotomia, em setembro desta ano.

Comenta que essa realidade não faz parte apenas do Janduhy Carneiro, mas também de hospitais até maiores, que possuem essa deficiência. São duas especialidades escassas no mercado, acrescentando que se tratam de procedimentos muito caros e que demandam de material bastante específico, mas que o HRP mantém laços estreitos com Campina Grande e João Pessoa quando há a necessidade de tais serviços.

Fim das filas

O Hospital Regional conseguiu um grande feito, onde o CRM colocou em seu último relatório que o serviço de ortopedia do Janduhy Carneiro é uma referência para o Estado, isso porque por várias vezes a fila foi zerada e hoje o paciente com fratura que precisa de cirurgia ortopédico espera no máximo três, quatro dias pelo procedimento. “Por várias vezes chegamos a não ter sequer um paciente para cirurgia. Graças ao trabalho do coordenador de ortopedia, Dr. João Suassuna, essa realidade mudou, conseguindo eliminar aquela imensa fila que tanto incomodava a sociedade”, enalteceu os avanços.

O Hospital Regional de Patos atende uma média diária de dez pessoas vítimas de acidentes envolvendo motocicletas. O número é assustador, tanto para a direção quanto para as autoridades do trânsito, que receberam orientações do Ministério Público e estão iniciando uma série de ações educativas e punitivas para tentar diminuir as estatísticas de violência no trânsito, que causa custos bastante elevados para os cofres públicos e muitas sequelas, inclusive com mortes na sociedade.



Marcos Eugênio (Ascom)


quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Hospital Regional de Patos será “termômetro” de campanha no trânsito




O alto índice de acidentes registrado na cidade de Patos, bem como nas rodovias federais que cortam esse município, porém nessas áreas em menor escala, provocou o Ministério Público que orientou os órgãos de trânsito a desenvolveram ações educativas e punitivas visando a redução desses acidentes, que têm feito tantas vítimas fatais e deixados muitos com sequelas.


Segundo M. Silva, da 3ª Delegacia da PRF, em Patos, a campanha será em duas frentes, uma de conscientização, educativa, a partir do final deste mês e a segunda em dezembro, quando haverá punição para quem não seguir as leis de trânsito. Os resultados dessas ações serão analisados a partir das estatísticas oferecidas pelo Hospital Regional de Patos Dep. Janduhy Carneiro, cuja planilha oferece informações gerais sobre o perfil da vítima, local, tipos de procedimentos a que se submeteu, todos os parâmetros que venham a contribuir para que se entenda melhor o cenário do trânsito nesta cidade e redondezas.


Ele destaca o crescimento de acidentes na cidade, especialmente envolvendo motocicletas. Ele aponta a instalação de radares fixos na Alça Sudeste, que era uma área crítica em que ocorriam muitos acidentes, como algo bastante positivo, que praticamente os zerou. “A violência no trânsito na região metropolitana de Patos tem crescido bastante e em sua grande maioria envolve motocicletas. PRF, CPTran, DER, STTrans, juntos estaremos, cada qual na sua jurisdição, dentro de sua especificação, envolvidos para tentar diminuir esses acidentes, que nos preocupam bastante”, comentou M. Silva.


Sobre as estatísticas oferecidas pelo HRP, que servirá como referencial na campanha, cita a operação Aparecida, mês passado, quando os órgãos de trânsito registraram no feriadão apenas sete acidentes, seis na cidade de Patos e um na BR, enquanto o Hospital prestou atendimento a 33 pessoas vítimas de acidentes com moto, informações desconhecidas dos órgãos de trânsito e que fazem diferença para a campanha. Os dados do Hospital serão cruciais para sabermos com maior fidedignidade os resultados desse trabalho que que estamos iniciando na cidade de Patos e no seu acesso, pelas BR’s”, acrescentou.



terça-feira, 17 de novembro de 2015

Tratamento no Hospital de Patos evita amputação de perna de jovem, que fará cirurgia plástica



Após quase dois meses internado no Hospital Regional de Patos Dep. Janduhy Carneiro recebendo tratamento especializado, através de curativo a vácuo de alta tecnologia, que conseguiu evitar a amputação de sua perna, o jovem Fabriciano Maia, de Princesa Isabel, foi transferido nesta terça-feira para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, de João Pessoa, onde será submetido a uma cirurgia plástica reparadora, com o cirurgião Saulo Montenegro.

Na despedida, muita emoção do paciente, sua mãe, Natilza Maia e funcionários, que se dedicaram e torceram bastante pela recuperação do simpático jovem, que viajou confiante nessa nova etapa de tratamento.

Histórico

Ele sofrera um acidente de moto no dia 6 de setembro deste ano na zona rural de Princesa Isabel e corria sério risco de ter parte do membro inferior amputada, devido a gravidade do ferimento, com grande perda de partes moles que envolvem a tíbia e o tendão de Aquiles.

Devido seu estado clínico necessitar de cuidados mais especializados, foi transferido para o Hospital Regional de Patos. Durante a cirurgia houve evolução do ferimento para secreção, necrose, infecção local, com exposição de osso e do tendão de Aquiles, sendo necessários mais dois procedimentos cirúrgicos.

A gravidade da lesão levava à necessidade de amputação, segundo os médicos que atenderam o jovem. A família foi comunicada pelo médico ortopedista João Suassuna sobre um tratamento, bastante caro, procedimento que vem sendo usado há mais de dez anos no Brasil, mas pouco comum no âmbito da rede SUS, que não cobre esse serviço.

A direção do Regional de Patos, sabendo desse tratamento, curativo a vácuo, específico para ferimentos complexos, passou a custeá-lo, a fim de tentar evitar a amputação do pé e parte da perna de Fabriciano, tendo em vista as dificuldades financeiras da família.

Foi feito contato com uma empresa de Recife, que enviou enfermeiros a Patos e foi iniciado o tratamento do jovem no dia 21 de setembro, com a primeira aplicação. De lá para cá foram vários curativos a vácuo até a granulação de tecido na área do ferimento, oferecendo condições para enxerto (transplante de pele), que ocorrerá no Trauma.  O curativo a vácuo era a última alternativa viável naquele momento, segundo a enfermeira Ana Flávia, de Recife, para evitar a amputação de parte da perna do jovem.


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Hospital Regional de Patos realiza 68 consultas diárias em outubro



Pode parecer pouco, 68 consultas diárias, totalizando 2.043 em um mês, mas o Hospital Regional de Patos vem cumprindo uma função que, em muitas situações não é de sua competência, e sim da atenção básica, das unidades de saúde dos municípios. Diariamente chegam pacientes de diversas localidades da região. Os problemas são diversos, como dores de cabeça, mal estar, pressão alta, pequenos ferimentos, febre alta, dentre tantos outros que poderiam ser solucionados nos próprios municípios de origem, mas infelizmente os usuários, que pagam altos impostos, são obrigados a viajar a Patos em busca de atendimento, negado em sua cidade.


O próprio Ministério Público já se pronunciou e criticou essa letargia que existe na atenção primária que acaba sobrecarregando a rede hospitalar de média e alta complexidade, que fica sufocada para atender pacientes mais críticos. Esse assunto é ventilado constantemente nas reuniões ordinárias da CIRs – Comissão Intergestores Regional do Sertão, da 6ª Gerência de Saúde. O atendimento médico tem sido um calo das administrações municipais, que reclamam que esse profissional não cumpre sua carga horária, mas, por temerem ele abandone totalmente o município, acabam consentindo.

Espera-se que com a residência médica, uma parceria das instituições de ensino superior, FIP – Faculdades Integradas de Patos, UFCG, que oferecem o curso de Medicina, sob supervisão do MEC, Governo do Estado, esses problemas sejam minimizados, com a oferta de residentes nessas localidades mais afetadas por falta de médicos.

Acidentados

No mês de outubro o Regional de Patos atendeu 356 vítimas de acidentes envolvendo motocicletas e 13 de automóvel. De Patos foram 163 vítimas. O último final de semana é um reflexo do caos no trânsito de Patos, com 19 pessoas acidentadas. Teixeira com 13, Malta com 11 e São José do Bonfim foram os municípios que apresentaram, na sequência, maior número de vítimas de acidentes.

Um dos destaques neste mês de outubro foi o de acidentes por queda de mesmo nível, dentro de casa, na rua, nos campos de pelada. Uma das principais vítimas são os idosos. O ortopedista Fernando Jucá recomenda a retirada de tapetes das passagens, por ser um dos grandes causadores de queda. Durante a noite manter o banheiro iluminado, pois muitos idosos caem justamente quando vão a este setor da casa. “É uma recomendação que sempre passo para as pessoas. Fazendo isso se evita muitos acidentes”, comentou Jucá.


No mês de outubro foram feitos 75 atendimentos a vítimas de acidente de trabalho; 42 por animal raivoso; cinco tentativas de suicídio; 22 por agressão à arma branca; 10 a feridos por arma de fogo e realizados 648 internamentos, sendo 69 de envolvidos em acidentes com moto.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Funcionários do Hospital Regional de Patos usarão Libra no atendimento aos usuários surdos



Ana Carla

Funcionários do Hospital Regional de Patos Dep. Janduhy Carneiro começaram hoje, terça-feira 3, mais uma qualificação visando a melhoria de atendimento à população. Eles estão participando de um curso de Libras, Língua Brasileira de Sinais, para que possam se comunicar com os usuários surdos que buscam os serviços na referida unidade de saúde.

A capacitação, com duração de seis meses, duas horas de cada segunda-feira, faz parte de uma parceria envolvendo o Hospital e as FIP – Faculdades Integradas de Patos, através de sua pesquisa e extensão. Trata-se de um projeto posto em prática pela professora Ana Carla, especialista em Libras.

Sobre o curso, que acontece nas dependências da 6ª Gerência Regional de Saúde, a facilitadora diz que este permitirá aos profissionais de saúde realizar uma melhor acolhida aos usuários que possuem surdez. “A falta de conhecimento em Libras atrapalha bastante na comunicação e no atendimento de quem possui surdez. Trata-se também de a troca de experiências, uma integração dos alunos da saúde com os profissionais que já atuam na área, tudo isso em torno de Libra na busca do aperfeiçoamento do atendimento na urgência e emergência”, comentou a professora das FIP.

Tal experiência, uso de Libras com pacientes, já acontece no Hospital Edson Ramalho, na Capital paraibana. Segundo a professora Carla, a experiência vem alcançando bons resultados no Edson Ramalho. Acrescenta ser de suma importância que a língua de sinais chegue, tanto aos profissionais quanto aos usuários. “Percebo que existe uma deficiência muito grande em Patos. A gente já tem a Lei Nº 10.436 e o Decreto 5.626 que exigem formação, atendimento em Libras pelo profissional de saúde”, comentou Ana Carla.  

A ideia da parceria na oferta do curso de Libras foi muito bem aceita pela direção do Hospital Regional, que vem estreitando cada vez mais a relação com as Faculdades Integradas de Patos, na troca de conhecimentos, qualificação profissional.